O encontro das lideranças do PL, na noite desta quinta-feira (7) em Criciúma, reuniu cerca de 300 pessoas. Embalados pelo desejo de fortalecer o partido e garantir a eleição de seus representantes, os principais nomes do partido na região sul, não economizaram entusiasmo durante suas manifestações no palco do evento. O clima de empolgação era abonado pelo mestre de cerimônias que, em muito, lembrava os momentos de pregação em alguma igreja, tamanha a animação em torno do encontro.
No palco, nomes como Júlia Zanatta, Márcio Búrigo, Caio Tokarski, Beto Martins, Erick Zeferino e… Dalvânia Cardoso. De todos os presentes, certamente a prefeita de Içara foi quem mais chamou atenção. Dalvânia é do PP, mas estava lá apoiando Márcio Búrigo. A prefeita fez questão de lembrar do período quem foi secretária no governo do amigo e disse que a principal lição que aprendeu com ele foi a de nunca mexer num centavo do dinheiro público.
Márcio Búrigo, em sua fala, fez duras críticas ao governo do estado e emendou agradecimentos ao prefeito Clésio Salvaro por ter tido a capacidade de convencê-lo a entrar para a vida pública. Relembrou que à época da inauguração do Parque das Nações, que completou 10 anos no dia 27 de setembro, era o vice de Salvaro. A cerimônia de comemoração ocorreu no último domingo (3), e Márcio alfinetou: “eu acho que a assessoria dele esqueceu de me convidar e eu não fui no evento, não fui convidado. Ele (Salvaro) falou quase dez minutos sobre a minha participação no governo que ficou conhecido como “governo Márcio e Eu”, tamanho o reconhecimento dele pelo meu trabalho”, disse. Finalizou entoando o lema que o Criciúma Esporte Clube usou na campanha para voltar à série B e disse: “eu acredito, eu acredito, eu acredito em Jorginho Governador”, finalizou.
Júlia Zanatta foi breve em sua manifestação e aproveitou a ocasião para homenagear o sogro, ex-vereador Júlio Colombo (que faleceu há cinco meses, vítima da Covid-19), que segundo a pré-candidata, havia se filiado ao PL para ajudar em sua eleição. “Eu tenho certeza que em 2023 nós vamos ter um governador, o Jorginho Mello, o PL vai ter deputados federais e estaduais e vocês podem estar muito certos que não vamos decepcioná-los.
O discurso mais aguardado da noite era o do senador Jorginho Mello que falou durante quase vinte minutos. Fez declarações em tom de campanha, além de não economizar nas críticas ao atual governador de Santa Catarina. “Estar na vida pública é uma opção. Infelizmente, algumas pessoas que se elegem, a primeira coisa que faz, é virar as costas pro governo federal. To falando do governador atual. Se elegeu nas costas do Bolsonaro e no primeiro mês se achou que era mais importante que todos e virou as costas para o presidente, prejudicando Santa Catarina.
Reclamou, ainda, que Carlos Moisés nunca procurou a bancada catarinense em Brasília, como os outros governadores fizeram e acusou o atual chefe do executivo catarinense de ter, nas palavras dele, terceirizado o governo.
Em cima do meu pelego
Na hora dos elogios, caprichou nas declarações à pré-candidata a deputada federal, Júlia Zanatta e ao pré-candidato a deputado estadual, Márcio Búrigo, mas também relembrou a própria trajetória a política. “Eu devo para Santa Catarina. Fui vereador com 18 anos, fui quatro vezes deputado estadual, presidente da Assembleia, assumi por 15 dias o governo do estado, fui duas vezes deputado federal e tive a honra, agora, em cima do meu pelego, em cima de força e dos votos de vocês, ser senador da república, com um 1.2 milhão de votos. Tenho 35 anos de vida pública, nunca tive uma condenação. Isso não é virtude, é obrigação”, finalizou.