O 1º MINISTRO
“Se o Brasil fosse parlamentarista, Júlio Garcia seria o nosso primeiro ministro”, disse o cerimonialista do evento de 10 anos do PSD em Urussanga, Alexandre Bristot, na manhã deste sábado (25). Guardadas as devidas proporções, é fácil observar a influência que a figura de Júlio Garcia exerce sobre os seus colegas de partido e, encontros partidários, costumas ser bons objetos de estudo para quem acompanha a política. O deste sábado cumpriu com louvor essa função.
O PSD, com quatro nomes à disposição para compor a chapa que irá disputar o governo do estado, reuniu seus deputados, prefeitos, vices, vereadores e outras lideranças da sigla para um almoço em comemoração aos dez anos do partido na Benedeta.
A POSTURA DO INTERINO
Para além da comemoração, o encontro serviu para sacramentar o apoio ao prefeito em exercício de Urussanga, Jair Nandi (PSD), que está no cargo por conta do afastamento do titular, Gustavo Cancelier (indiciado pela PF).
Nandi sabe que pode não esquentar a cadeira de prefeito, mas deu mostras que não está no cargo apenas cumprindo o papel que lhe cabe e que pretende aproveitar a oportunidade. Durante sua fala, ressaltou que se sente à vontade no partido porque tem um time. E “time” significa apoio. E apoio Nandi demonstrou ter, só vai precisar mostrar seu trabalho. Do colega de partido, Ricardo Fabris, vice-prefeito em Criciúma, o prefeito interino ouviu elogios quanto à sua postura diante das acusações que vem enfrentado o prefeito afastado.
AUSÊNCIAS SENTIDAS
Das lideranças que confirmaram presença no evento, três acabaram não participando. O ex-governador Raimundo Colombo, a ex-prefeita de São José, Adeliana da Pont e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues.
Mesmo assim, todos foram citados pelos que subiram ao palco do Ventuno Pub, local do evento, como possíveis nomes pra chapa majoritária, além do ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (que participou do encontro).
JÚLIO ACLAMADO
Quem também foi citado por todos que se pronunciaram, foi o deputado estadual, Júlio Garcia. Ricardo Fabris, creditou ao parlamentar e ex-presidente da Alesc, a aprovação de projetos engavetados e a viabilização de verbas importantes para a região de Criciúma. “Seria um erro do partido se o deputado Júlio Garcia não permanecer onde ele está”, profetizou. “A nossa maior liderança na região sul a partir da eleição do ano que vem, o que vai movimentar o sul na política é Júlio Garcia e Ricardo Guidi”, encerrou.
O FABRIS TA ON
Por falar em Fabris, uma das declarações de Garcia durante sua breve manifestação, foi o anúncio da pré-candidatura de Ricardo Fabris para deputado estadual. Além dele, o parlamentar também confirmou a pré-candidatura também para a Assembleia Legislativa, de Gisela Scaini, coordenadora do partido na região sul. “Eles representam a renovação e até dezembro eu digo se a experiência volta ou não”, disparou o deputado, (referindo-se a confirmação ou não de sua candidatura).
Garcia, conhecido por ser breve em seus discursos, chegou a ficar emocionado e agradeceu o apoio dos colegas de partido pelo movimento que vêm fazendo pela sua reeleição.
AS VERBAS DE GUIDI
O deputado federal, Ricardo Guidi, confirmado como pré-candidato a deputado federal no ano que vem, fez questão de ressaltar que é o parlamentar que mais destina verbas aos municípios catarinenses.
O deputado estadual e presidente do partido, Milton Hobus, foi genérico ao dizer que “o PSD está pronto para governar Santa Catarina”. Sobre a eleição do ano que vem, disse que o fenômeno da verticalização do voto (quando o eleitor votou na mesma sigla para todos os cargos disputados), não irá se repetir”. Segundo ele a questão nacional não irá se sobrepor a questão estadual e acredita que os debates serão em alto nível.
PLANO A,B OU C
“O PSD tem vocação pra governar e governa bem, é o partido que mais reelegeu prefeitos em Santa Catarina”, disse Napoleão Bernardes, ao ser interrogado sobre o atual cenário em seu partido. Sobre o que faria caso o seu nome não fosse o escolhido para ser o candidato ao governo, Bernardes disse que seu “plano A, B e C é lutar firmemente pela candidatura ao governo”. Ele só não deixou claro qual é seu plano D, caso venha a precisar de um.
HARMONIA
Embora o encontro tenha sido harmônico e terminado em música, com o urussanguense Kuki Savi Mondo, proprietário do Ventuno, cantando clássicos da música italiana e brasileira, há tempo para muita coisa acontecer antes da definição de quem será o candidato do partido no ano que vem.
Se a boa impressão deixada pelo evento de hoje irá se manter, só o tempo irá dizer.