A Câmara de Vereadores de Urussanga rejeitou, na sessão desta terça-feira (21), por cinco votos favoráveis e quatro contrários, a abertura de uma Comissão Processante para analisar o pedido de cassação do prefeito afastado, Gustavo Cancellier (PP). Apesar de a maioria ter votado pela instalação do procedimento, o regimento interno prevê a necessidade de seis votos favoráveis.
Com a presença de manifestantes na Casa, o clima seguiu tenso durante a votação e logo após a apuração, o presidente da Câmara, Odivaldo Bonetti (PP), precisou suspender a sessão. A rejeição, entretanto, não era insinuação de novidade nos bastidores, uma vez que os vereadores progressistas receberam a orientação do partido para votarem contra a abertura da Comissão. A análise de um pedido de cassação do prefeito teve como motivação a conclusão do relatório da Polícia Federal em torno da Operação Benedetta, que colocou o chefe do executivo, reeleito em 2018, entre os indiciados. O resultado do inquérito apontou entre as supostas irregularidades superfaturamento superior a R$ 640 mil em execução de obras públicas em desacordo com os projetos.
Deflagrada em 20 de maio, a Operação Benedetta, indiciou 14 pessoas, entre servidores públicos municipais, engenheiros e empresários, pela prática dos crimes de organização criminosa, desvio de recursos, extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, falsidade ideológica e peculato.
Como votaram os parlamentares:
NÃO:
Odivaldo Bonetti (PP)
Thiago Mutini Partido (PP)
José Carlos José (PP)
Rozemar Sebastião Partido (PDT)
SIM:
Elson Roberto Ramos Partido (MDB)
Ademir Bonomi (MDB)
Luan Francisco Varnier (MDB)
Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD)
Fabiano Murialdo De Bona Partido (PSDB)