No último fim de semana, o governador Carlos Moisés da Silva decretou lockdown em Santa Catarina, que iniciou na noite de sexta-feira, 26, à partir das 23h até segunda, às 6h, podendo funcionar, em todo o estado, somente os serviços essenciais. O mesmo vale para o próximo fim de semana, dias 5, 6 e 7 de março, nas mesmas condições.
Porém, ainda na noite de sexta, o Ministério Público de Santa Catarina, o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas, Defensoria Pública da União e da Santa Catarina, além do Ministério do Trabalho, encaminharam recomendação conjunta ao governo do estado, orientando que fosse adotado lockdown de no mínimo 14 dias em SC, devido ao colapso no sistema de saúde. Na manhã de sábado, dia 27, o governo respondeu à solicitação, dizendo, em breves palavras, que estava acompanhando a evolução dos números e que tudo que era possível fazer, já estava sendo feito. O documento foi assinado pelos secretários André Motta, Eron Giodarni, Paulo Eli, Jorge Eduardo Tasca e Alisson Souza.
Isso tudo gerou uma grande expectativa nos catarinenses, especialmente entre aqueles que concordam com a necessidade de medidas mais restritivas de enfrentamento à covid, como o lockdown.
Mas um fato chamou atenção, enquanto acompanhava os debates nas redes sociais.
No twitter, numa publicação de um jornalista que trazia o mapa atualizado com a situação de todas as regiões classificadas como gravíssima, uma seguidora perguntou:
– “Agora me perdi. Qual decreto a gente olha para seguir as regras?”
Ao que foi respondida, por outra pessoa:
– “O da consciência”.
No pior momento da pandemia, não há nenhum decreto mais eficaz para conter o vírus do que o da própria consciência.