Deputado marcou presença no ato de transmissão do cargo que levou o MDB de volta ao governo
Quase dois anos separam o MDB que buscava candidatura própria do MDB que optou por apoiar à reeleição de Carlos Moisés. E foi justamente essa mudança de rota que levou o MDB novamente à cadeira mais importante do estado: a de governador.
Na manhã de hoje, o emedebista Moacir Sopelsa, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, transferiu a presidência ao colega de parlamento, deputado Maurício Skudlark (PL) e assumiu interinamente como governador. Entre as curiosidades deste sábado (3), estão a comemoração antecipada do aniversário de Sopelsa que completa mais um ano de vida dia 6 de setembro e a presença de um dos nomes mais tradicionais do MDB catarinense.
Ronaldo Benedet, ex-deputado estadual e federal (entre outras funções), marcou presença no ato que conduziu Sopelsa ao governo, ainda que de modo interino e posou para foto ao lado deste e do governador licenciado, Carlos Moisés da Silva.
A presença de Benedet ao lado de Moisés parece sinalizar uma entrada emedebista mais consistente na campanha do atual governador. Benedet, vale lembrar, foi um dos principais apoiadores de Antídio Lunelli, quando o ex-prefeito de Jaraguá ainda era cotado por uma ala do partido para ser o nome do 15 nas urnas.
Presença de Ronaldo Benedet no ato de hoje
– Eu fui lá, primeiro, pra prestigiar o Sopelsa que é meu amigo, foi deputado comigo três mandatos. Segundo que desde o dia 23 de julho, quando o Antídio Lunelli perdeu a convenção – eu sou disciplinado, partidário, devo toda minha carreira política ao meu partido – então desde aquele dia passei a me submeter à decisão do partido (de apoiar Moisés). Onde o MDB estiver, eu estou. Se eu errar, erro junto com o partido, é melhor. Pior é tomar a decisão separado e errar sozinho depois. Eu sou do tempo em que a posição partidária é a minha posição. O MDB tomou a decisão de estar com o Moisés e hoje foi apenas um ato. Acho que o governador fez certo de se afastar durante a eleição, ele fica mais livre. Não precisa praticar os atos de gestão, é até mais justo que ele não esteja no governo. E o MDB deve entrar na campanha, tem que entrar na campanha. Nós demos o exemplo no sul do estado. Ninguém foi mais Antídio do que eu. Eu não tinha nada contra o Moisés, mas eu queria candidatura própria. O MDB tomou uma decisão pela maioria de estar com Moises e a gente tem que acatar. Quem é partidário tem que seguir esse caminho e fazer campanha pro Moisés e pro Udo que é nosso vice, pro nosso senador que é o Celso (Maldaner) e pros nossos deputados estaduais e federais.
Expectativa
Eu só acredito no trabalho. Minhas eleições foram todas difíceis. Só tive uma eleição fácil que foi a minha terceira (quando foi o 2º mais votado de SC). O eleitor tá muito seletivo. Ele vai votar no Bolsonaro e pra deputado ele vai buscar alguém na mesma linha, mas que seja coerente, capaz, competente. A eleição pra governador é muito independente. Tem quatro ou cinco candidatos bem fortes, de partidos bem definidos e o eleitorado está indeciso ainda. Esse mês vai começar a tomar seu rumo.
Moisés municipalista
Sem diminuir ninguém, mas o Moisés é um bom candidato, competente, uma pessoa correta, honesta. Fez um excelente governo para os municípios. Cidade de Criciúma, por exemplo, cidades aqui na volta, devem muito ao governador Moisés. Nós temos tido muita sorte. Nós tivemos o Eduardo Moreira três mandatos como vice, muitos secretários de estado e isso acabou trazendo muito benefício, muitas obras pro sul do estado.
Antídio Lunelli
No sul fui o maior apoiador dele. E eu disse a ele que ia com ele até a candidatura ao governo. Perdemos a convenção, temos que acatar. Isso é disciplina partidária. Agora eu vou apoiar o meu candidato a estadual que é o Thiago Zilli e o Vampiro a federal.
Antídio vai fazer uma excelente campanha a estadual, com certeza vai ser eleito e vai ser uma nova liderança e vai capitanear um novo projeto para o MDB de SC. Mas agora nós temos que lutar para ganhar a eleição com o governador Moisés e o Udo Döhler de vice.
