No dia 25 de janeiro quando ainda era prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB) esteve em Criciúma, na reta final do roteiro que fez pelo estado. O objetivo era claro: aproximar-se da militância emedebista e convencê-los de que ele seria a melhor escolha do partido para concorrer ao governo do estado. À época, as prévias ainda faziam parte do calendário do Manda Brasa e, mesmo contrariando parte dos correligionários, parecia que iria mesmo acontecer.
Daquele fim de janeiro até hoje muita coisa aconteceu no cenário estadual. As prévias do MDB não aconteceram, o partido teve um outro nome colocado à mesa (o do deputado estadual Valdir Cobalchini – numa pré-candidatura que durou menos de uma semana), o governador definiu seu partido e o MDB continua tentando convencer a sua bancada e seus militantes de que Lunelli será candidato a governador. No fim da semana passada, o agora ex-prefeito de Jaraguá do Sul, renunciou ao mandato para dar sequência a agenda que envolve sua pré-candidatura – mas não ao governo. Isso porque circulam nos bastidores a informação de que emedebista está de olho em outra vaga: a de candidato a senador – ou a deputado federal. Eu sei que neste momento, você, meu nobre leitor, possa estar surpreso ou até mesmo achando impossível que isso aconteça. Ocorre que a política é um campo vasto demais para duvidarmos do que quer que seja.
E, olhando com mais calma, essa possibilidade até que faz sentido, já que, todo mundo sabe, a relação entre Antídio e Carlos Moisés não é das piores. Se pensarmos por esse lado, podemos concluir que o MDB volta a figurar com grandes chances de compor na chapa com Moisés, trazendo o candidato a vice que, conforme apurei, ainda não estaria definido. Assim, todas as peças se encaixam já que Antídio, de fato, renunciou ao mandato de prefeito mesmo sabendo que a viabilidade de seu nome para o governo era muito pequena. O que faria o ex-prefeito se não conseguisse ser candidato a governador e sem mandato? Parece que a resposta começa a surgir: vai ao senado.