Encontro aconteceu nesta quinta-feira e elegeu uma mulher para o cargo de presidente
A Juventude Socialista do PDT promoveu na noite desta quinta-feira (2) o 1º congresso municipal do partido em Criciúma. Considerada pelos participantes uma noite histórica, o evento contou com a presença da militância do partido que vieram de municípios vizinhos, além do deputado estadual Rodrigo Minotto, do ex-deputado federal e pré-candidato ao senado, Jorge Boeira, do pré-candidato a dep. federal Allan Schroeder, do ex-prefeito de Forquilhinha, Vanderlei Ricken, do presidente estadual do PCdoB, Douglas Mattos e da escritora Atena Roveda.
Na ocasião ocorreu a eleição da nova presidência municipal da JS Criciúma e dos demais membros que irão compor a executiva do partido no município.
Foram eleitos:
Presidente – Priscila Medicina
Vice-presidente – João Maurício Barbosa Mattos
Secretário Geral – Franciel Tupan
Tesoureiro – Fabrício Cardoso
Secretário de Formação – Luís Otávio Feltrin
Secretária de Movimento Estudantil – Karoline Biava
Secretário de Mobilização – Marco Antonio Barbosa Mattos
Secretário de Comunicação – Ismael De Mattia
Secretário de Diversidade, Raça e Gênero – Laisy Vieira
Secretária de Núcleos de Base – Kissila Mel
Secretário de Relações Públicas – Leverson Xavier de Oliveira
A história da JSPDT em Criciúma começou na década de 80, porém a morte do líder pedetista Leonel Brizola acabou reproduzindo seus impactos por aqui também e o núcleo partidário da juventude do município deixou de existir. Em 2018, sob o comando de uma comissão provisória, presidida pelo advogado Luís Otávio Feltrin, indicado pela executiva estadual, a JS de Criciúma voltou a ser estruturada. Em 2021, também por indicação da executiva estadual, quem assumiu a presidência foi o estudante João Maurício Barbosa Mattos que agora deixa a função para assumir a vice-presidência ao lado da primeira presidente eleita oficialmente, Priscila Medicina. Sobre isso, Mattos pondera que “nosso país é marcado por uma imensa desigualdade entre homens e mulheres e a agonia mais expressiva desse fenômeno é a baixa participação das mulheres em espaços de poder político. Por isso, é de imensa relevância para a JSPDT de Criciúma ter como sua 1° Presidenta Eleita, essa mulher de garra, de força e de coragem que é a Priscila. Temos muito orgulho de estar construir esse episódio da nossa história”.
Já a presidente eleita, Priscila Medicina considera que é importante “mostrar aos jovens que a política não deve ser como um clássico de futebol onde existem duas opções e a decisão deve ser tomada de forma imediata. É preciso fazer formação política, conectar os jovens com as comunidades e estar presente nas universidades, pois apenas a educação prepara, emancipa e dá oportunidades”.
Chamou atenção
Durante a manifestação dos integrantes da mesa, chamou a atenção um ponto divergente entre Jorge Boeira e Vanderlei Ricken, quando o assunto foram as prioridades que devem encabeçar o plano de governo de um candidato a presidente da república, quando os assuntos são economia e educação.
Boeira, que dedicou boa parte dos esforços, orçamentos e tempo de sua vida pública enquanto deputado federal à área da educação, disse que essa é a principal questão a ser observada. “Não tem melhor caminho para a redução das desigualdades sociais que não seja pela educação”, disse.
Já Ricken disse que não vê nenhum perigo à democracia e que o assunto central deve sim ser a economia. “Esses assuntos como saúde e educação sempre estiveram aí, não vai ser isso que vai nos tirar desse pantanal onde nos enfiaram”, (em referência ao bolsonarismo), frizou o ex-prefeito.
Em outro momento, Vanderlei Ricken fez questão de deixar claro que, caso as opções no segundo turno das eleições deste ano se concentrem na disputa em Jair Bolsonaro e Lula, ele pretende anular o voto.
Aliás, é uma das principais divergências que a frente de esquerda, movimento que reúne oito partidos aqui no estado, ainda não conseguiu resolver. O PDT tem seu próprio candidato à presidência, Ciro Gomes. Desta forma, alguns integrantes discordam veementemente da ideia de compor com o PT.
Sobre isso, o deputado estadual Rodrigo Minotto disse que não acredita que apresentar mais uma chapa de esquerda, com Dário Berger (PSB), por exemplo, seja o melhor caminho, já que todos perderiam força. “Isso dividiria os votos e todos sairiam perdendo”, destacou.
