EXCLUSIVO: Carlos Moisés faz um balanço do governo e diz que quer estar na Agronômica em 2023

23/12/2021

Para um marinheiro, ops, bombeiro de primeira viagem, Carlos Moisés da Silva até que pegou rápido o gosto pela política. Se em 2018, o então candidato tinha receio do rótulo, em 2021 ele já não vê problemas no título que, quem já pediu voto alguma vez na vida, vai carregar pra sempre: o de ser político.

Tá certo que ele ainda prefira o termo “boa política”, provando, uma vez mais, que está bem afiado na função.

Alçado à função de governador do estado, Moisés iniciou sua vida na política partidária poucos meses antes da eleição que lhe rendeu 2.644.179 votos, pelo PSL, o partido que elegeu bolsonaristas no Brasil representados nas urnas pelo inesquecível número 17 (e algumas arminhas). Num momento em que o país fervilhava num crescente movimento antipolítica, (como se fosse possível esse antagonismo, já que tudo é política), Carlos Moisés tinha a pretensão de trabalhar na campanha para senador então candidato Lucas Esmeraldino (que acabou não se elegendo). Por considerar que seu partido (PSL) não devesse fazer coligação com nenhuma outra sigla naquela campanha e concorrer em chapa pura, como de fato ocorreu, Moisés foi a opção do partido na chapa inscrita naquele 5 de agosto. “Me falaram: já que não queres coligar, então o candidato vai ser tu”, relembrou.

Questionado se acreditava que poderia de fato vencer aquela eleição (onde enfrentou os experientes Gelson Merísio e Mauro Mariani), o governador não perdeu a oportunidade de relembrar a pesquisa divulgada às vésperas da votação e que lhe dava somente 9% dos votos. “Fizemos 29% naquele primeiro turno. 20% a mais do que diziam as pesquisas. Cheguei à conclusão que aquele eleitor não foi entrevistado”, alfinetou.

Sobre a gestão, Carlos Moisés tem na ponta da língua os dados mais importantes de seu governo disse que escolheu a infraestrutura como a grande bandeira do seu governo e que, para que isso seja possível, é preciso fazer um governo municipalista.

Além dos valores milionários disponibilizados aos municípios, que ele faz questão de ressaltar durante toda a entrevista, há também um dos ingredientes políticos que todo mundo gosta: as indiretas.

Como a que mandou para Raimundo Colombo quando disse que até hoje o governo paga contratos feitos na gestão do antecessor, dos coletes balísticos de baixa qualidade para a segurança, além das emendas que não foram pagas.

O governador também se antecipou a uma das perguntas, sobre os respiradores e classificou a ação como uma crueldade com os catarinenses. Referiu-se aos dois afastamentos que sofreu, em dois processos de impeachment, como injustos e disse que no período em que ficou afastado, o ritmo da vacinação no estado diminuiu e o número de mortes, aumentou.

Sobre seu futuro político, o governador que atualmente está sem filiação partidária, (ele saiu do PSL em julho deste ano), diz que gostaria de estar filiado a uma sigla “menor” e poder contar com o apoio de partidos tradicionais. Em sua percepção, isso faria com que as pessoas entendessem que não é preciso fechar portar com esse ou aquele e, sim, ter o apoio de todos em torno de um projeto para Santa Catarina. Essa é uma visão quase utópica, se levarmos em conta a política brasileira. Talvez seja um sonho bastante ousado esse do Moisés. Mesmo que tudo leve a crer que o governador termine o ano ainda sem assinar a ficha de nenhum partido, análises recentes nos fazem crer que a ideia defendida pelo chefe do executivo estadual pode ficar pelo caminho, já que o MDB dá cada vez mais sinais de que terá Moisés filiado, em breve.

Embora seja relevante dizer que, para quem entrou para a política para fazer campanha pra um amigo e acabou virando o governador do estado, me parece que é melhor mesmo aguardar para ver qual o destino de Moisés em 22. “Em 2023 eu gostaria de ver Santa Catarina daqui de novo”, em referência ao desejo de se reeleger.

Em pouco mais de meia hora de conversa, você, nobre leitor, poderá tirar suas próprias conclusões acerca do nosso entrevistado que inaugura este canal (no youtube) e que será meu último entrevistado do ano.

O formato de entrevista em vídeo será mantido e em janeiro tem mais.

Obrigada pela sua audiência em todo o ano de 2021. O tempo das pessoas foi e continuará sendo o que há de mais valioso, por isso, MUITO obrigada por cada minuto dedicado a acompanhar meu trabalho neste ano.

Em 2022 continuaremos juntos!

Um beijo,

Maga

Assista à entrevista aqui:

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