Deputados denunciaram, durante a sessão de quarta-feira (6) da Assembleia Legislativa, que um “jabuti” em uma dispensa de licitação direcionou a compra de software pelo Executivo e que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não repassou R$ 1 milhão ao Hospital de Caridade de São Joaquim. “Entre as várias empresas da região que poderiam atuar, uma é de Joinville, líder no mercado no Brasil para suporte ao certificado de ISO 9000. A empresa manifestou desinteresse por não atender os requisitos do termo de referência. Colocaram ‘jabutizinho’ no termo porque o software tem de ter o til um pouquinho depois do lugar”, ironizou Kennedy Nunes (PTB).
Segundo o deputado, exigiram que o software seguisse a metodologia multicritério de apoio à decisão construtivista (MCDA-C). “O coronel Isaías é especialista em MCDA-C”, disparou Kennedy, que classificou a exigência como “o pulo do gato para justificar a dispensa”. Já o deputado Marcius Machado (PL) pediu para que a SES pague com urgência os débitos com o Hospital de Caridade, de São Joaquim. “A situação está levando ao colapso do Hospital de São Joaquim. O governo federal pagou, está na conta, mas precisa que a SES pague o que está devendo de julho, agosto e setembro, aproximadamente um milhão de reais. O hospital tem seis reais na conta, não vão pagar a folha, não vão pagar insumos. Vim (à tribuna) em nome da região Serrana, de São Joaquim. Que o estado pague”, exigiu Machado.
Sargento Lima (PL) apoiou a cobrança do colega e sugeriu ao cidadão catarinense que acesse o Portal de Transparência da Assembleia para checar o gasto com diárias de deputados e assessores que acompanham o governador nas visitas às regiões. “Um mês de diárias e você vai ver que em apenas um mês se consegue pagar uma parcela deste valor. Vamos começar a aprender a fazer isso, investigar”, insistiu Lima.